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Informe Consea, 12/03/2015

O Programa Sementes do Semiárido foi lançado nesta quarta-feira (11/03) em Gravatá (PE), com a presença da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, da presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Maria Emília Pacheco, e da Coordenação da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), entre outros representantes do governo e da sociedade civil.

Segundo Maria Emília, o projeto reconhece a cultura do estoque das sementes “como a lógica da cultura camponesa e familiar”. “As sementes são bens culturais”, disse a presidenta do Consea. “Essa estratégia de guardar e multiplicar está ligada à agricultura familiar”

Já a ministra Tereza Campello ressaltou que a ação para a criação de 640 unidades no semiárido é fruto da experiência do homem do campo. “Estamos transformando em política pública o saber do agricultor do semiárido, que sabe preservar suas sementes e a escolher sempre as melhores”.

A ação vai atender pelo menos 12,8 mil famílias rurais que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, que já receberam cisternas de consumo e de produção por meio Programa Água Para Todos e que tenham a Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP).

Segundo a ministra, o projeto “vai mudar a região e garantir que o agricultor não saia da sua propriedade”. Nos bancos comunitários, os agricultores familiares do Semiárido podem retirar sementes de qualidade, sem modificação genética e adaptadas às regiões, com maior produtividade. “Semente é autonomia e liberdade para o agricultor. Esta ação é um investimento para o futuro. Vamos ampliar este conhecimento para que não fique isolado”.

A ministra destacou ainda que o programa e a parceria com a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) “rede de organizações responsável pela execução do projeto” não foram criados por acaso. “Essas ações resultam da decisão do governo em trabalhar com o agricultor do Semiárido, com os mais pobres, para garantir o acesso à água e a sementes”, lembrou ela, ao falar da entrega de mais de 1,1 milhão de cisternas de água para consumo humano no semiárido. No mesmo período, foram implantadas 112 mil tecnologias sociais de captação de água da chuva para apoiar a produção.

Segundo o coordenador da ASA, que também é presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional da Bahia (Consea-BA) e conselheiro nacional do Consea, Naidison Baptista, a experiência do banco de sementes “é uma ação que nasce na comunidade”. “Os agricultores familiares são produtores de conhecimento e têm capacidade de orientar seus destinos”, destacou.

Com informações da AsaCom/ASA