Comentário: O governador da Bahia mobiliza primeiro escalão do governo federal para defender interesses da Monsanto. Queria só ver empenho semelhante do governo para defender a saúde da população e barrar o arroz da Bayer.

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Diretores da Monsanto estiveram, nesta segunda-feira (21), na Governadoria, para agradecer ao governador Jaques Wagner o apoio na disputa comercial com a indústria chinesa pelo preço do glifosato, matéria prima usada na produção do herbicida Roundup.

Eles disseram que a interferência de Wagner foi fundamental para a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) de estabelecer o piso mínimo de U$ 3,60 CIF (Custo, seguro e frete) por quilo para a importação do produto chinês. Isso vai permitir que a multinacional continue operando na Bahia, garantindo mais investimentos e os dois mil empregos atuais.

Para conseguir esse resultado, o governador teve audiência, em março deste ano, com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Erenice Guerra, em Brasília.

O insumo para o glifosato, o ácido fosfonometil iminodiacético, utilizado na fabricação do herbicida mais usado na agricultura mundial e produzido pela empresa do Pólo Industrial de Camaçari, estava ameaçado por conta da concorrência. (…) “O ácido fosfonometil iminodiacético é produzido aqui, essa matéria-prima segue para São José dos Campos e lá se transforma em glifosato técnico, que depois é formulado e surge o produto final, herbicida Roundup”.

Para o secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia, James Correia, o governador definiu uma estratégia que era levantar o impacto em toda a cadeia petroquímica e a partir desse trabalho, Wagner convenceu o presidente Lula da importância de proteger essa empresa, que é a última que fabrica o glifosato. (…)

Fonte: Jornal Feira Hoje, 22/06/2010.

N.E.: O governador da Bahia mobiliza primeiro escalão do governo para defender interesses da Monsanto. Queria só ver empenho semelhante do governo para defender a saúde da população e barrar o arroz da Bayer.