“Produtores que em um passado recente migraram para os transgênicos agora estão voltando para a produção de grãos convencionais”, afirma César Borges de Souza, vice-presidente da Caramuru Alimentos e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange). Segundo ele, o Brasil é o maior produtor de soja convencional do mundo e um dos principais exportadores de farelo de soja não transgênico.
No ano passado, metade das exportações brasileiras de farelo foi de produto convencional, e os produtores receberam prêmios sobre as cotações médias praticadas no mercado. “O valor do prêmio oscila de acordo com a oferta e a demanda, não existe um valor fixo. Contudo, são esses valores adicionais que permitem cobrir os custos de segregação, armazenagem e transporte diferenciado”, afirma Souza. A maior preocupação da entidade é garantir o abastecimento de sementes convencionais .
Fonte: Valor Econômico, 12/07/2010.