O Serrano, 30/07/2010
Em oficio datado de 22 de julho de 2010, a promotora de Justiça do Meio Ambiente de Serra Negra Verônica Silva de Oliveira recomendou ao prefeito que “se abstenha do uso dos agrotóxicos que contenham os ingredientes ativos denominados glifosato e imazapyr, ou qualquer outro, na área urbana do município”.
Segundo a representante do Ministério Público do Estado de São Paulo, os dois princípios ativos são considerados fonte de exposição a agentes químicos para toda a população se utilizados em meio urbano, podendo prejudicar a saúde da população. Também cita que a impermeabilização do solo pela pavimentação ou a compactação da terra, permite a formação de focos de acumulação de agrotóxico em virtude da redução da penetração do produto no solo, conhecido com lixiviação e que a ocorrência de chuvas após a aplicação do agrotóxico acarreta a formação de poças d’água com elevada concentração de veneno criando potencial risco à saúde da população.
O documento informa o chefe do Poder Executivo que o não acatamento da recomendação levará o Ministério Público a adotar as medidas legais necessárias a fim de “assegurar a sua implementação, inclusive através de ajuizamento de ação civil pública cabível”.
Na manhã de 29 de julho, a reportagem procurou a Prefeitura para que se manifestasse sobre o assunto. Até o fechamento desta edição não houve qualquer resposta.