A reportagem [leia-se matéria promocional] que segue é da Folha de São Paulo do dia 11/08, que faz sua parte para contribuir com a “mudança de imagem” da empresa, que sabe bem que seu filme está cada vez mais queimado, e não sem motivo.

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Brasil é 2º mercado para a Monsanto

País supera Europa em importância para multinacional ligada ao setor de transgênicos, atrás apenas dos EUA

Brasil também está em segundo lugar no ranking mundial de hectares plantados com grãos transgênicos

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Depois de dois anos na presidência da Monsanto no Brasil, o engenheiro André Dias, 42, acredita que a empresa consolida “uma mudança de imagem”.

A multinacional americana foi alvo de críticas de ambientalistas desde o início da produção da soja geneticamente modificada nos Estados Unidos, em 1995. Dez anos depois, veio a regulamentação no Brasil.
Agora, com o aumento do uso de sementes transgênicas pelos produtores locais, o país representa o segundo maior mercado para a empresa globalmente. A seguir, trechos da entrevista exclusiva à Folha.

O mercado local
O Brasil resistiu bem à crise de 2008, inclusive na agricultura. Além disso, o ambiente regulatório melhorou muito na área de biotecnologia.
Em 2009, o Brasil assumiu o segundo lugar no ranking mundial dos países com mais hectares plantados com biotecnologia (transgênicos), superando a Argentina, segundo o ISAAA (instituto internacional que faz o acompanhamento do setor).
A área chegou a 21 milhões de hectares, com um aumento de 35% em relação à verificada no ano anterior. E, também para a Monsanto, o país se tornou o segundo mercado mais importante.
Está à frente da região que envolve Europa, Oriente Médio e África e atrás apenas dos Estados Unidos, que têm biotecnologia há mais de dez anos. Aqui, a primeira soja transgênica tolerante ao herbicida glifosato e produzida com tecnologia Monsanto foi aprovada em 2005.
Já em relação ao milho transgênico, o primeiro ano de plantação foi 2008, com o grão resistente a insetos. A empresa no país Mais de 80% do negócio da Monsanto hoje -tanto globalmente quanto no Brasil- vem da área de sementes e biotecnologia.
Os outros 20% correspondem à proteção de cultivos (defensivos agrícolas).
É muito provável que, nos próximos anos, pelo crescimento da demanda por sementes modificadas, a área de proteção de cultivos diminua na empresa. Também produzimos sementes convencionais. Curiosamente, a nossa marca de soja convencional -a Monsoy- é líder de mercado.

Lançamentos no Brasil
Planejamos, para os próximos dois anos, o lançamento, exclusivamente no Brasil, da segunda geração da soja RR, que vai ser resistente a insetos (variedade BTRR 2).
Esse produto foi desenvolvido especificamente para o mercado brasileiro porque, nos Estados Unidos, não há o problema do ataque de insetos à soja. Além disso, neste próximo verão, haverá o lançamento da segunda geração de milho tolerante a insetos (tecnologia VT PRO).

Imagem
Tem mudado a forma como somos vistos tanto pelo produtor agrícola quanto pelo consumidor final dos alimentos. Por várias razões. O agricultor percebeu quantos benefícios a biotecnologia traz. As parcerias que estabelecemos com outras empresas, universidades e fundações ajudaram a reduzir o estranhamento que poderia haver com o nosso trabalho.
E, por fim, vários mitos sobre os transgênicos começaram a cair por terra para o consumidor. Se já estamos onde gostaríamos? Não. Meu objetivo é que a empresa seja admirada no Brasil. Como diz um colega aqui, ainda existe uma distância muito grande entre a Avenida Paulista e o campo.