Camila Moreira, da Agência Estado, 17/12/2010
SÃO PAULO – A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou na quinta-feira, 16, a liberação comercial de mais duas variedades transgênicas de milho e outra de algodão.
A CTNBio deu luz verde para um milho geneticamente modificado desenvolvido pela Monsanto e conhecido como MON 88017, que combina a característica de tolerância ao herbicida glifosato com a proteção contra praga de raiz.
“Essa é a primeira tecnologia da empresa para o controle de praga de raiz aprovada no Brasil”, disse a Monsanto em nota.
A outra semente de milho liberada pelo órgão foi desenvolvido pela Monsanto em parceria com a Dow AgroSciences, e combina resistência a insetos com tolerância ao glifosato e ao glufosinato de amônio.
“Este milho combina, via melhoramento genético clássico, três eventos geneticamente modificados individualmente aprovados previamente pela CTNBio”, completa a nota. Não há previsão para o lançamento desses produtos no mercado.
A CTNBio aprovou ainda o plantio comercial do algodão GHB614, desenvolvido pela Bayer, e com tolerância ao herbicida glifosato. A empresa espera ter esta tecnologia disponível no mercado por volta de 2012.
“A tecnologia GlyTol foi desenvolvida pela Bayer CropScience para auxiliar o produtor a controlar melhor as plantas daninhas em lavouras de algodão. O Algodão GlyTol é uma linhagem geneticamente modificada, que permite o uso seletivo de herbicida à base de glifosato para o controle das plantas invasoras, que comprometem a qualidade de pluma e produtividade da lavoura”, disse a Bayer em comunicado.
Com essas aprovações, chegam a 27 o número de sementes transgênicas aprovadas pela CTNBio para plantio no Brasil. Dessas, 15 são de milho, cinco de soja e o restante é de algodão.