BRASIL ECONÔMICO, 13/01/2010.
Maiores compradores são Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Coreia do Sul e Japão
Enquanto as exportações de soja em GRÃOS registraram queda de 3,3% nos valores cobrados em 2010 ante 2009, as exportações do farelo tiveram alta de 2,8% nos preços. Além do óbvio valor agregado do farelo, a diferença também pode ser explicada pelos prêmios pagos pelo insumo não transgênico, que têm a preferência de alguns países europeus nas compras brasileiras. Os produtores nacionais já entenderam a importância do nicho e estão cada vez dividindo o cultivo entre sementes geneticamente modificadas e as não transgênicas.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Produtores de GRÃOS Não Geneticamente Modificados (Abrange), relativos à safra 2009/2010, o Brasil exportou 8,6 milhões de toneladas de farelo de soja não transgênico e 3,9 milhões de toneladas de farelo transgênico.
“Nossos maiores compradores de não transgênicos são Alemanha, França, Itália, Inglaterra, Coreia do Sul e Japão”, diz o diretor-executivo da Abrange, Ricardo Sousa.
Segundo Sousa, em torno de 35% do total de soja plantada no Brasil hoje é de não transgênica.
No caso do milho, essa proporção vai a 40%. Países como Estados Unidos e Argentina também produzem não transgênicos,mas em menor proporção. “O importante nesse segmento é que haja segurança em relação à segregação da produção, tem que haver uma logística bem coordenada para que efetivamente seja uma produção livre de GRÃOS geneticamente modificados”, explica.
A opção segue a lógica do mercado. “Se o consumidor tem suas ideologias ou crenças, temos a preocupação em atender essas demandas”, diz Sousa, ao observar que na Europa, muito mais do que no Brasil, há uma parcela da população com preocupações profundas em relação aos transgênicos.
Preço do farelo de soja teve alta de 2,8%. Parte do aumento é creditada aos prêmios pagos pelo insumo sem modificação genética
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