Com informações de Associated Press, 26/01/2011 – via Soyatech ; Greenpeace México, 03/02/2011.
Segundo relataram autoridades do México em 26/01, um órgão do governo negou pedido da Monsanto para expandir plantios experimentais de milho transgênico no norte do país.
Em 2009, pela primeira vez, foram autorizados 22 plantios experimentais deste tipo, com cerca de 1 hectare cada. O interesse da Monsanto era de aumentar as áreas para até 50 hectares.
Especialistas do governo disseram que a área muito pequena e estritamente controlada é necessária para garantir que as plantas transgênicas não afetarão as variedades nativas de milho.
O presidente comissão interministerial sobre lavouras transgênicas, Reynaldo Alvarez Morales, declarou que as empresas terão que planejar pelo menos mais um ciclo de plantio em áreas pequenas antes de iniciar os testes em áreas maiores. Segundo ele, se não forem encontrados riscos no nível experimental, o próximo passo poderia ser o plantio comercial monitorado em algumas áreas.
O México é o berço do milho e cientistas e ativistas temem que as variedades modificadas contaminem variedades nativas importantes para o trabalho de melhoramento genético.
Michoacán protegerá seu milho por lei
Ante o desinteresse do governo federal em proteger a grande diversidade de variedades de milho existente no México da contaminação pelo milho transgênico, o parlamento do estado de Michoacán aprovou a “Lei de Fomento e Proteção do Milho Crioulo como Patrimônio Alimentar do Estado de Michoacán”. A medida permitirá proteger 18 das 59 variedades existentes no país em relação à introdução do milho transgênico.
Michoacán é o quarto maior produtor de milho no país, ocupando 30% da superfície cultivada com o cereal.
A iniciativa michoacana se soma à recente aprovação da “Lei de fomento e proteção ao milho como patrimônio originário, em diversificação constante, e alimentar para o estado de Tlaxcala”.