Estudo conduzido por oito pesquisadores internacionais coloca em dúvida a confiabilidade dos testes da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, na sigla em inglês) e da FDA (órgão do governo americano que regulamenta alimentos e medicamentos) ao avaliar os riscos dos transgênicos e dos agrotóxicos à saúde.
O artigo, assinado por especialistas da França, Itália, Nova Zelândia, Inglaterra e Estados Unidos, foi publicado no site da revista científica International Journal of Biological Science.
“As empresas de biotecnologia agrícola e os comitês de avaliação sistematicamente negligenciam os efeitos colaterais dos transgênicos e dos agrotóxicos. Isto é claramente ilustrado pela EFSA e pela FDA, quando avaliaram as controversas variedades de milho transgênico MON 863 e MON 810”, declarou o CRIIGEN (Comitê de Pesquisa de Informações Independentes em Engenharia Genética, na sigla em francês), através de uma nota à imprensa divulgando o artigo. “O estudo traz à tona “uma significativa subestimação de sinais iniciais de doenças como câncer e doenças dos sistemas hormonal, imune, nervoso e reprodutivo, entre outros”.
“Demandamos a publicação sistemática dos resultados destes testes, que nós só conseguimos obter através de ações judiciais, caso por caso”, declarou Gilles-Eric Seralini, um dos oito autores do artigo, que é professor da Uniersidade de Caen (França) e preside o conselho científico do GRIIGEN. “A crise na área de saúde pode ser mais importante do que a crise financeira internacional devido à falta de transparência dos órgãos reguladores”, conclui o CRIIGEN.
Em 03 de julho a França rejeitou as conclusões da EFSA de que o milho MON 810 não representa riscos à saúde ou ao meio ambiente.
Fonte:
Agence France Presse, 08/07/2009.
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