Tradução de Antonio Andrioli
Cientistas de Leipzig descobriram teores elevados do herbicida glifosato em um fazendeiro da Saxônia. A quantidade encontrada é mil vezes superior à média de outras amostras, afirmou a veterinária e microbiologista Monika Krueger, da Universidade de Leipzig para a revista Exakt, da rede MDR de notícias. A professora Monika Krueger considera que os índices encontrados na urina do agricultor são preocupantes.
O glifosato é o herbicida mais utilizado mundialmente no controle de ervas daninhas. Milhares de toneladas são pulverizadas nos campos, só na Alemanha. Organizações ambientalistas vêm alertando há anos para potenciais problemas de saúde provocados pelo glifosato e seus aditivos.
A consultora de Preservação Ambiental e Transgênicos da NABU (Sociedade de Preservação Ambiental da Alemanha), Steffi Ober, avalia o uso do glifosato como sendo uma espécie de “teste cego em toda a população.”
Especialistas suspeitam que o envenenamento com glifosato abre um perigoso caminho para bactérias causadoras de botulismo; bactérias que normalmente não prejudicam seres humanos saudáveis. O referido agricultor, no caso, vem sofrendo há algum tempo intensos distúrbios nervosos (causados pela toxina de uma bactéria, Clostridium botulinum).
Os sintomas do agricultor agora podem ser esclarescidos como sendo decorrentes de uma intoxicação causada pela toxina botulínica simultânea à contaminação com glifosato. Segundo a Prof Monika Krüger: “Esta é nossa primeira hipótese: de que se trata de um efeito resultante da ação do glifosato.”
Os cientistas agora estão analisando mais pessoas com relação a possíveis efeitos do herbicida.