Apenas 1,8% dos estabelecimentos agropecuários praticavam agricultura orgânica em 2006; orgânicos predominam na horticultura e fruticultura


Os estabelecimentos produtores de orgânicos representavam 1,8% (ou 90.425) do total de estabelecimentos agropecuários. Dedicavam-se, principalmente, à pecuária e criação de outros animais (41,7%), às lavouras temporárias (33,5%), à lavoura permanente (10,4%), à horticultura/floricultura (9,9%) e à produção florestal (3,8%).

O Censo Agropecuário 2006 investigou, pela primeira vez, a agricultura orgânica. O estabelecimento deveria informar se a praticava e se sua produção era certificada. Não foram consideradas orgânicas as práticas agrícolas que, apesar de não utilizarem agroquímicos, não foram identificados como tal pelo produtor ou, ainda, se este desconhecia as normas técnicas exigidas pelas instituições certificadoras. [Ou seja, o número trata apenas da produção orgânica certificada em 2006 no Brasil, indicando que é maior a porcentagem total da produção orgânica no País.]

A proporção de estabelecimentos produtores de orgânicos no total de estabelecimentos no Brasil mostrou que a representatividade de orgânicos é maior na horticultura/ floricultura.

Em 2006, entre os agricultores dedicados à agricultura orgânica no Brasil, 77,3% eram proprietários das terras exploradas, 41,6% possuíam ensino fundamental incompleto e 22,3% eram analfabetos. Daquele total, 54% não participava de qualquer organização social e, entre os que o faziam, 36,6% ligavam-se a associações e sindicatos, e apenas 5,9% a cooperativas.

Fonte: IBGE, 30 de setembro de 2009.