A data corresponde ao dia, do ano de 2007, que ocorreu a morte do agricultor Valmir Mota, conhecido como Keno, militante do MST, assassinado por seguranças da Syngenta Seeds em 2007, em Santa Tereza do Oeste (PR). A empresa plantava transgênicos (OGMs) de forma ilegal, tendo sido multada pelo IBAMA, e por isso teve área ocupada pelo movimento dos agricultores sem terra naquele estado.
O momento será propício para se fazer um balanço da situação do crescimento acelerado das liberações de OGMs no Brasil, sua contaminação nas culturas não GMs, e os riscos associados à saúde e ao meio ambiente. A situação é alarmante. O ano de 2009 teve pelo menos triplicado o número de transgênicos liberados no Brasil, principalmente com milho e algodão. No caso do milho, cultura tradicional da pequena propriedade, os casos de contaminação são elevados em várias partes do mundo, atingindo mais de 50 países segundo o Greenpeace. No Uruguai, recentemente constatou-se que de 5 áreas de milho não GM, 3 estavam contaminadas com milho GMs. O que estes transgênicos representam riscos para nossos alimentos? No Brasil o governo não promove os estudos que deveriam ser feitos nem mesmo cobra a rotulação destes alimentos, obrigatória por lei.
Os OGMs-alimentos geneticamente modificados – como soja, milho, batata – já apresentam dados relacionados a potenciais riscos à saúde humana. Pesquisas com ratos alimentados com OGMs demonstraram crescimento excessivo de células na parede do estômago e crescimento anormal do fígado. O alerta foi dado por Arpad Pusztai, pesquisador demitido do Instituto Rowett, da Grã Betanha, por denunciar os riscos de alimentos transgênicos. Segundo o professor Dr. Rubens Nodari, da UFSC, já existem dados comprovados quanto a muitos prejuízos decorrentes dos OGMs quanto à “contaminação de variedades crioulas e tipos silvestres, acompanhado de erosão genética; danos a componentes da biodiversidade, como insetos e outros organismos benéficos à agricultura e ao meio ambiente; aumento do uso de agrotóxicos”. O aumento destes últimos produtos no Brasil, associado ao uso de OGMs, fez com que em 2008 o País ganhasse a posição de Campeão Mundial de Consumo de Agrotóxicos, os quais contaminam o agricultor, o ambiente e nossos alimentos.
No livro Roleta Genética, Jeffrey M. Smith denuncia a proximidade que existe entre as agências reguladoras de OGMs dos EUA e a indústria, mostrando o trânsito comum entre profissionais dessas instituições e a liberação facilitada desses produtos. No Brasil, grande parte da pesquisa com OGMs é financiada por empresas de biotecnologia. Muitas dessas pesquisas são realizadas em universidades, inclusive públicas, e em convênios de empresas que produzem OGMs e órgãos de pesquisa como a Embrapa.
Em relação à contaminação derivada de agrotóxicos, cabe destacar que a Europa proibiu o uso, por exemplo, de herbicidas associados a OGMs que utilizam glifosinato de amônio, considerado altamente tóxico para a saúde humana. Por outro lado, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) pretende liberar comercialmente, no mês de novembro, o arroz transgênico da Bayer, que se utiliza deste herbicida.
Considerando-se todos estes problemas, Representantes de movimentos sociais e ambientalistas irão se encontrar na esquina democrática de Porto Alegre, neste dia 21, as 11 h da manhã, para manifestar sua posição à população, disponibilizando um abaixo-assinado contra a liberação do arroz transgênico da Bayer e por uma moratória aos transgênicos no Brasil.
– atalho: http://www.youtube.com/watch?v=miLHkZq3Rrw
A data corresponde ao dia, do ano de 2007, que ocorreu a morte do agricultor Valmir Mota, conhecido como Keno, militante do MST, assassinado por seguranças da Syngenta Seeds em 2007, em Santa Tereza do Oeste (PR). A empresa plantava transgênicos (OGMs) de forma ilegal, tendo sido multada pelo IBAMA, e por isso teve área ocupada pelo movimento dos agricultores sem terra naquele estado.
O momento será propício para se fazer um balanço da situação do crescimento acelerado das liberações de OGMs no Brasil, sua contaminação nas culturas não GMs, e os riscos associados à saúde e ao meio ambiente. A situação é alarmante. O ano de 2009 teve pelo menos triplicado o número de transgênicos liberados no Brasil, principalmente com milho e algodão. No caso do milho, cultura tradicional da pequena propriedade, os casos de contaminação são elevados em várias partes do mundo, atingindo mais de 50 países segundo o Greenpeace. No Uruguai, recentemente constatou-se que de 5 áreas de milho não GM, 3 estavam contaminadas com milho GMs. O que estes transgênicos representam riscos para nossos alimentos? No Brasil o governo não promove os estudos que deveriam ser feitos nem mesmo cobra a rotulação destes alimentos, obrigatória por lei.
Os OGMs-alimentos geneticamente modificados – como soja, milho, batata – já apresentam dados relacionados a potenciais riscos à saúde humana. Pesquisas com ratos alimentados com OGMs demonstraram crescimento excessivo de células na parede do estômago e crescimento anormal do fígado. O alerta foi dado por Arpad Pusztai, pesquisador demitido do Instituto Rowett, da Grã Betanha, por denunciar os riscos de alimentos transgênicos. Segundo o professor Dr. Rubens Nodari, da UFSC, já existem dados comprovados quanto a muitos prejuízos decorrentes dos OGMs quanto à “contaminação de variedades crioulas e tipos silvestres, acompanhado de erosão genética; danos a componentes da biodiversidade, como insetos e outros organismos benéficos à agricultura e ao meio ambiente; aumento do uso de agrotóxicos”. O aumento destes últimos produtos no Brasil, associado ao uso de OGMs, fez com que em 2008 o País ganhasse a posição de Campeão Mundial de Consumo de Agrotóxicos, os quais contaminam o agricultor, o ambiente e nossos alimentos.
No livro Roleta Genética, Jeffrey M. Smith denuncia a proximidade que existe entre as agências reguladoras de OGMs dos EUA e a indústria, mostrando o trânsito comum entre profissionais dessas instituições e a liberação facilitada desses produtos. No Brasil, grande parte da pesquisa com OGMs é financiada por empresas de biotecnologia. Muitas dessas pesquisas são realizadas em universidades, inclusive públicas, e em convênios de empresas que produzem OGMs e órgãos de pesquisa como a Embrapa.
Em relação à contaminação derivada de agrotóxicos, cabe destacar que a Europa proibiu o uso, por exemplo, de herbicidas associados a OGMs que utilizam glifosinato de amônio, considerado altamente tóxico para a saúde humana. Por outro lado, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) pretende liberar comercialmente, no mês de novembro, o arroz transgênico da Bayer, que se utiliza deste herbicida.
Considerando-se todos estes problemas, Representantes de movimentos sociais e ambientalistas irão se encontrar na esquina democrática de Porto Alegre, neste dia 21, as 11 h da manhã, para manifestar sua posição à população, disponibilizando um abaixo-assinado contra a liberação do arroz transgênico da Bayer e por uma moratória aos transgênicos no Brasil.
Faixa e Ato:
http://www.youtube.com/watch?v=miLHkZq3Rrw