Operação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizada ontem, na fábrica da Syngenta em Paulínia (SP) interditou a linha de produção e apreendeu 150 mil litros do agrotóxico Priori Xtra adulterado. Os lotes eram produzidos com uma pré-mistura à base de ciproconazole sem registro. A produção, com o uso da pré-mistura não autorizada, corresponde de 15 a 20% do agrotóxico Priori Xtra formulado pela empresa. A Syngenta possui cinco dias úteis para apresentar defesa prévia. Só este ano, a Anvisa apreendeu mais de 5,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As informações são do Valor Econõmico, 23/10/2009.
ANVISA, 22/20/2009 | Interdição da linha de produção e apreensão de 150 mil litros do agrotóxico Priori Xtra (azoxistrobina + ciproconazole) adulterado. Esse foi o resultado da fiscalização realizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira (21), na fábrica da empresa Syngenta, de origem suíça, em Paulínia (SP).
Os lotes interditados eram produzidos com uma pré-mistura à base de ciproconazole sem registro. O decreto 4.074/02 determina a obrigatoriedade de registro para as pré-misturas utilizadas para a fabricação de agrotóxicos. A produção, com o uso da pré-mistura não autorizada, corresponde de 15 a 20% do agrotóxico Priori Xtra formulado pela empresa. O restante do produto é importado já formulado e apenas embalado no Brasil.
A empresa Syngenta possui cinco dias úteis para apresentar defesa prévia. Só este ano, a Anvisa já apreendeu mais de 5,5 milhões de litros de agrotóxicos adulterados. As fiscalizações ocorrem, principalmente, quando são identificados indícios de irregularidades nos produtos acabados.
Mais irregularidades
No começo de outubro, a Anvisa já havia fiscalizado a empresa Syngenta. Na ocasião, foram interditados cerca de 1 milhão de quilos de agrotóxicos com irregularidades e adulterações. Durante a primeira fiscalização, a Agência também apreendeu documentos para análise do agrotóxico Prior Xtra, interditado ontem. Após a análise documental, foi constatada a irregularidade, a pré- mistura chegava a ficar armazenada por mais de 2 meses para depois ser utilizada para a formulação do agrotóxico.
Não há avaliação pela Anvisa sobre o que pode ocorrer neste prazo de armazenamento com a pré-mistura. Existem misturas que podem sofrer alterações nas propriedades físico-químicas que resultam em modificações do seu perfil toxicológico.
Informações: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa