Às vésperas do Natal, a americana Food and Drug Administration (FDA) anunciou ter concluído que o salmão transgênico não apresenta impacto significativo ao meio ambiente. Para o órgão, o peixe modificado é tão seguro quanto o salmão convencional do Atlântico. O fato torna a nova espécie virtualmente liberada para comercialização.
O peixe, chamado de AquAdvantage, foi desenvolvido pela empresa AquaBounty, que produz os ovos na sua unidade em Prince Edward Island, Canadá, e depois os envia para engorda no Panamá. O FDA informou ainda que não avaliou os potenciais impactos ambientais do salmão transgênico nem no Panamá nem no Canadá, apenas nos Estados Unidos.
O AquAdvantage recebeu genes de hormônio de crescimento do salmão ligado a genes promotores de uma espécie de enguia (Zoarces americanus, ou ocean pout, em inglês). Os promotores fazem com que o hormônio seja produzido durante todo o ano e não apenas nas épocas quentes. Dessa forma, o peixe chega ao mercado em um ano e meio enquanto o salmão comum leva três anos para atingir peso de abate.
Michael Hansen, pesquisador senior da Consumers Union chamou atenção para a precariedade da análise conduzida pelo FDA. Apenas 6 peixes foram usados em testes de alergenicidade, e mesmo assim os resultados mostraram que há potencial de aumento de reação alérgica. Vale a pena?
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Algumas matérias sobre o tema que saíram na imprensa internacional:
– Engineered Fish Moves a Step Closer to Approval, New York Times, 21 December 2012
– Transgenic fish wins US regulatory backing, Nature, 22 December 2012
– FDA Misses the Boat in Signaling Approval of Genetically-Engineered Salmon, George Leonard, National Geographic, 22 December 2012
– More Worries Over Fast-Growing, Genetically Modified Salmon, Martha Rosenberg – Food Consumer, 23 December 2012
– Super-salmon that are genetically modified to grow twice as fast a step closer to our dining table, Richard Alleyne – The Telegraph, 24 December 2012
– Modified-Salmon Fight Showcases Risks, Rewards of Engineering Wild Species, Paul Voosen – New York Times, 7 October 2010
e + http://ge-fish.org/, página do Center for Food Safety dedicada ao tema.
E tem uma petição mundial aberta para participação de qualquer cidadão do planeta. Acesse o link abaixo (se precisar, copie e cole o link para abri-lo).
http://www.avaaz.org/po/stop_frankenfish_r/?baDIKab&v=21117
É hora de pararmos para pensar!
Será que realmente os alimentos modificados são prejudiciais a vida?
Qual estudo cientificamente prova isso e que foi colocado a disposição da população para que nós nos oponhamos a essas novas técnicas?
Criança de proveta era um crime religioso, sem ela pais estéreis não poderiam ter filhos, mas por meio de mães de aluguel se consegue! Todos aceitam numa boa!
A célula tronco que era tirada de embriões e hoje se consegue de varias formas, da: Medula espinhal, da placenta e é uma promessa para recuperar órgãos danificados, curar possivelmente portadores de Mal de Parkinson e foi violentamente repudiados e hoje aceito por todos.
Até que se tenha um estudo sério que prove que a manipulação genética é prejudicial a nossa saúde seria bom não se alimentar polemicas que só atrasam a evolução humana que já está no mínimo 50 anos atrasada!
Porque havendo estudos que provem ser uma pratica daninha ele por si só seria instrumento suficiente para barrar os procedimentos. E instrumento para obrigarmos os governos a intervirem nos laboratórios. Sem isso o achismo é fruto da ignorância dos que se assustam com as novidades e por outro lado propagam suas fantasias!
Vamos estudar pesquisar e por fim ter uma idéia própria, ficar aceitando tudo calado é ser tão estúpido quanto os que sem provas vem a público e vomitam suas vísceras!
Ser contra agrotóxicos, hormônio de crescimento na criação intensiva, é sem duvida uma luta que se deve manter, mas quanto a capacidade reprodutora dos animais, se melhorada será a garantia de abastecimento da dispensa de uma população mundial que está a beira de um colapso de produção, logo impactos que se levantam seria sem dúvida catastróficos se nós parássemos de ser predadores, aí quem sabe a super população fosse um caso catastrófico!
Quem garante que a vida em nosso planeta não é fruto de uma manipulação genética feita por seres extraterrestres??? As pessoas se bitolam num tema, como que uma especialização; e ficam burros quanto ao resto.
Precisamos ter cautela em ser contra ou a favor; E depois tem mais, se em dado momento faltar alimento, o povo vai aceitar comer até seu próprios mortos, então que se busque formas científicas de aumentar sim as fontes de alimento!!!!!
Roberto Maracajá Junior
Roberto,
Tenho certeza que, se você parar e buscar, irá encontrar estudos científicos que afirmam que esta tecnologia pode sim ser prejudicial à nossa saúde. E se olharmos um pouco além do nosso umbigo talvez seja possível concluir que tais “avanços” são ainda mais prejudiciais à natureza e seu equilíbrio. Bem simples e apenas para começarmos a questionar: Esses salmões que amadurecem mais cedo, tem um consumo de alimentos também acelerado, será que os meios vão suportar essa demanda ou logo o alimento desses peixes desaparecerá? Não será possível que essa nova criatura extingua o salmão natural e outros seres?
São comuns casos de controle biológico que deram errado quando se inseriram animais exóticos em determinadas regiões, com a intenção de controlar alguma “praga”. Estes exóticos não só terminaram com as pragas mas com outras especies ou tornaram-se eles mesmos uma nova praga.
E pra concluir, ao meu ver não é a ciência que está atrasada, o atraso é nossa incapacidade para administrar as tecnologias com responsabilidade e sapiência.