preconceito agrotóxicos

Ministra defendeu o uso de agroquímicos nas lavouras

Época, 04/11/2015 – 15h20 – POR ESTADÃO CONTEÚDO

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu defendeu nesta quarta-feira (04/11) o uso de agroquímicos nas lavouras e disse que o Brasil tem uma das leis mais rigorosas do mundo para o registro desses defensivos. “Temos uma lei que proíbe o registro de qualquer produto com características carcinogênicas”, afirmou durante evento de apresentação de novos laboratórios da Bayer CropScience, em Paulínia (SP).

A ministra avaliou que há uma “campanha muito organizada contra a utilização de agroquímicos no país” e convocou os representantes do setor a trabalharem estrategicamente para combater o preconceito, juntamente com a ciência. “Só venceremos preconceito contra agroquímicos se nos unirmos à ciência”, afirmou a ministra, antes de citar uma série de dados para justificar o uso dos agroquímicos e rebater as críticas de que os produtos aplicados nas lavouras fazem mal à saúde.”Somos grandes exportadores de alimentos e não aplicando agroquímicos de forma incorreta, com dolo à saúde.

Somos grandes porque temos produtos confiáveis e o mundo sabe o que estamos fazendo”, disse. “Usamos agroquímicos não porque gostamos de gastar um pouco mais produzindo alimentos; usamos como os humanos usam medicamentos: para combater pragas e doenças nos alimentos”, completou.

Campanha
A ministra informou ainda que o governo lançará, no próximo dia 25, uma campanha para desburocratizar o Registro Experimental Temporário (RET) de agroquímicos utilizados nas lavouras e reduzir o tempo do registro final dos defensivos. Ela adiantou que os produtos importados para o estudo de moléculas e desenvolvimento de novos produtos serão tratados como químicos convencionais, o que facilitará as pesquisas.

Kátia Abreu afirmou também que o Ministério da Agricultura duplicará o número de agrônomos para agilizar análise de produtos antes da liberação comercial. “Cada técnico analisa 40 processos por ano e duplicaremos o número de agrônomos para que tenham número maior de produtos analisados”, explicou a ministra. “Temos não mais de que 100 técnicos operando agroquímicos no País e vamos ainda formar pessoas no Brasil todo para multiplicar esses operadores”, completou.