BOLETIM N. 08
Bem vindas e bem vindos de volta! No Boletim deste mês você lerá: Pressões da agricultura familiar para derrubar os vetos de Bolsonaro; Mulheres e Agroecologia na garantia de comida saudável; Relações entre cultivos transgênicos e agrotóxicos; Luta contra os transgênicos no México e na Colômbia; e, na nossa matéria especial, Sementes como bens comuns dos/as agricultores/as, povos e comunidades tradicionais. Não deixe de conferir também nossas dicas na seção Recomendamos! |
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Matéria especial Na matéria desse mês preparamos uma resenha do artigo “Sementes da diversidade – Práticas compartilhadas: conceitualizando Sementes Comuns”, recentemente publicado no Jornal Internacional dos Comuns. Os autores, Sievers-Glotzbach e colaboradores, combinando revisão da literatura e dois estudos de caso, um na Alemanha e outro nas Filipinas, discutem a ideia de Sementes Comuns. Por meio de abordagem transdisciplinar, os autores identificaram quatro características fundamentais das Sementes Comuns que envolvem governança em diferentes escalas: 1) Responsabilidade coletiva; 2) Proteção contra a propriedade privada; 3) Manejo coletivo e descentralizado; e 4) Compartilhamento de conhecimentos e práticas. Leia na íntegra a resenha que preparamos! |
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Sementes crioulas na mídia “Vamos pressionar pela derrubada dos vetos” • Bolsonaro vetou praticamente toda a lei que criava auxílio emergencial para a agricultura familiar durante a pandemia. Entre as medidas vetadas estão a concessão de fomento produtivo e acesso ao seguro safra pelos produtores familiares. Os vetos devem ser analisados em sessão conjunta do Congresso. Parlamentares e sociedade civil se mobilizam para derrubar os vetos e garantir a implementação de ações. Philipe Caetano, do GT Biodiversidade da ANA, falou sobre o assunto e sobre a importância do PAA para as sementes crioulas e a construção da autonomia das famílias camponesas. Alternativas existem! • Na periferia do Rio de Janeiro, lideranças femininas da Agroecologia driblam crise e garantem comida saudável para 200 famílias a partir da produção de assentamentos do MST. México suspende liberação de soja transgênica. • A ação é desfecho de disputa judicial que se arrasta desde 2016 e foi iniciada quando comunidades camponesas denunciaram plantios ilegais da sementes modificadas. A garantia da proibição depende de fiscalização e reduzirá o uso de agrotóxicos e seus efeitos sobre as abelhas, a saúde e o ambiente como um todo. Pesquisadores de Santa Catarina identificam efeitos indesejados de agrotóxicos à base de glifosato em plantas transgênicas. • Ou seja, as plantas transgênicas foram modificadas para resistir à aplicação de herbicidas, mas esses mesmos produtos estão afetando o metabolismo, os mecanismos de defesa e a própria fotossíntese das plantas. Os autores concluem que as regras de biossegurança no país devem ser aperfeiçoadas, dado que elas não avaliam o uso combinado do transgênico com o agrotóxico, nem mesmo transgenes acumulados numa mesma planta, como avaliado na pesquisa. Depois de Bolívia e Equador, Colômbia pode mudar Constituição para proibir transgênicos. • Projeto foi aprovado em primeira instância, estabelecendo que fica proibido o ingresso, a produção, a comercialização e a exportação de sementes geneticamente modificadas. |
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Recomendamos: |
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• Assistir ao documentário: Sementes crioulas: Cuidar, multiplicar e partilhar, que conta histórias de sementes crioulas e guardiões/ãs do Sul do Brasil. • Ouvir “Nossa Prosa e Prosinha”, Podcasts produzidos pelo Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata de Minas Gerais (CTA-ZM). • Acompanhar as discussões no Equador e as tensões para ampliar a fronteira de cultivos transgênicos no país, em plena pandemia de Covid-19. • Conferir o artigo de Silvia Ribeiro, do Grupo ETC, sobre a pandemia de Covid-19 e a impulsão de vacinas transgênicas nunca testadas. |
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EXPEDIENTE Sementes Crioulas é uma iniciativa da AS-PTA – Agricultura Familiar e Agroecologia Edição: Gabriel Bianconi Fernandes Gostou deste Boletim? Escreva pra gente suas sugestões e comentários: revista@aspta.org.br |
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