zona de exclusao algodao MAPA

CTNBio derruba medida que protegia algodão nativo da contaminação por transgênicos no TO

[Matéria do Valor Econômico mais abaixo]

Agrolink, 09/12/2013

A produção de algodão no Estado pode ter um salto a partir de 2014. Tudo porque a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) autorizou o Tocantins a plantar algodão transgênico. O aval foi dado após pedido do Governo do Estado e estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A expectativa da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagro) é que área plantada passe de cinco mil para 40 mil hectares no próximo ano.

O Tocantins não pode plantar algodão geneticamente modificado por conta de uma zona de exclusão imposta em 2005 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A medida englobava toda a região Norte e algumas áreas de diversos Estados. O objetivo dessa zona é evitar que espécies nativas e adaptadas sejam contaminadas. Segundo decisão da época baseada em um parecer da Embrapa, “o isolamento geográfico entre cultivares é a forma mais eficiente de se evitar cruzamentos”. [deixou de ser?] Ficou acertado que em todas as safras o zoneamento seria atualizado, com a possibilidade de retiradas ou inclusões de zonas de exclusão.

A partir da liberação da CTNBio se espera agora que o MAPA publique portaria, ainda na próxima semana, alterando a anterior, que estabelece as zonas de exclusão, conforme explicou o secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua. “O transgênico é mais rentável ao produtor porque exige menos gastos com inseticidas, ou seja, melhor também para o meio ambiente. Esperamos também um aumento na produção que havia deixado de ser rentável aos produtores”, explicou. Caberá também ao MAPA publicar portaria que tratará do zoneamento da cultura, quando então estará definitivamente liberado o cultivo do algodão transgênico no Tocantins.

Dentre as justificativas apontadas pelo Governo do Estado e pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para pedir a autorização ao plantio de algodão transgênico, estavam o desenvolvimento regional e também o controle à lagarta Helicoverpa armigera que vem causando devastação nas lavouras brasileiras [Acontece que o próprio MAPA atribui a explosão da praga com os plantios de transgênicos na região].

Produção

Atualmente, a região da Chapada das Mangabeiras, na divisa com a Bahia, é a maior produtora do grão no Estado. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Estado produziu 18,9 mil toneladas de algodão em caroço na safra 2012/2013, e esperava produzir, na safra 2013/2014, antes da liberação dos transgênicos, 22,7 mil toneladas.

Agrolink com informações de assessoria

Transgênicos são liberados em Tocantins

Valor Econômico,06/12/2013

O Estado de Tocantins recebeu autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para iniciar o plantio de algodão transgênico, conforme antecipou o Valor em setembro. O aval foi dado após pedido do governo do Estado e foi corroborado por um relatório favorável da estatal Embrapa.

 

Os produtores de Tocantins estavam proibidos de plantar algodão geneticamente modificado porque o Estado fazia parte de uma zona de exclusão para variedade geneticamente modificadas.

 

A regra, imposta por uma portaria, envolve toda a região Norte e áreas de diversos Estados. Mesmo com o sinal verde da CTNBio, a Embrapa ainda fará estudos para confirmar se o plantio poderá ser realizado de fato em todo o Estado de Tocantins ou apenas em parte dele. O Valor apurou que municípios mais ao norte do Estado devem continuar sem a autorização, mas que a região de fronteira com a Bahia será liberada.

 

Para que os produtores comecem a plantar, o Ministério da Agricultura precisa modificar o zoneamento do algodão. O governo estadual prevê que a área plantada de algodão em Tocantins passará dos 6 mil hectares na safra 2012/13 para cerca de 40 mil no ciclo 2015/16.

 

Segundo a Conab, o Estado produziu 18,9 mil toneladas de algodão em caroço em 2012/13. Já na safra 2013/14, a produção estava calculada em 22,7 mil toneladas antes do aval aos transgênicos.

 

Apesar de não existirem dados sobre o impacto do plantio da semente transgênica na próxima safra, os produtores do Estado podem optar pelo algodão para rotação de cultivo com a soja. Hoje, a produção que mais cresce em Tocantins é de soja.

 

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