Todo início de ano a história se repete. O ISAAA, que é financiado por Monsanto e cia., divulga seus dados sobre o uso global de transgênicos e a imprensa toda sai por aí papagaiando-os. Difícil é achar uma fonte em seus relatórios que indique a origem de seus números. Este ano o destaque foi para o Brasil, segundo maior produtor mundial e que apresentou no último ano crescimento de 20% em relação a 2010.
Wenonah Hauter, diretora da ONG Food and Water Europe, citada em artigo de John Vidal no Guardian (08/02), descreve o passe mágico usado pelo ISAAA multiplicar a áera semeada com transgênicos. Eles criaram a figura do “trait acres” [área cultiva com cada tipo de modificação genética, ou evento], diz Hauter, que é o valor que resulta da multiplicação da área pelo número de transgenes (ou eventos) presentes na semente. Assim, 100 hectares plantados com um milho que leva 3 transgenes [piramidado] são 300 hectares na aritmética do ISAAA.
p.s. Aqui no Brasil já foram autorizadas 10 tipos de transgênicos piramidados que carregam mais de um trait.
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