Quando interessa, setores que defendem as leis de mercado e o Estado mínimo lembram que o governo existe e exigem sua intervenção. Em pauta, de novo, a estratégia do fato consumado, que tanto funcionou com o Lula. Quando a nova semente da Monsanto foi repassada aos sementeiros já se sabia que a China não a aceitaria. As sementes foram multiplicadas mesmo assim, e agora os produtores alegam que se o governo nada fizer amargarão prejuízo de R$ 500 milhões. Querem botar nas costas do governo um problema criado por eles e pela Monsanto. De quebra, vão chiar das restrições que vêm sendo impostas aos venenos agrícolas mais tóxicos, como aqueles que o Ibama quer banir por afetarem as abelhas, e os 14 cuja toxicologia está sendo reavaliada pela Anvisa.
Vale ainda lembrar que:
– quem plantar a sementes da soja RR 2 pagará 7,5% de sua receita como royalty
– produtores não estão botando muita fé nas promessas da Monsanto – cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça…
– a Monsanto depende dessa semente para manter seu monopólio, já que as patentes sobre a soja RR estão expirando
– o Bt introduzido na semente controla supostamente pragas que não afetam as plantações do Sul do país
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Agencia Estado, via G1, 08/08/2012
Produtores pedem ajuda para liberação de soja transgênica para China
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, irá pedir a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que negocie com o governo chinês para liberação da importação por aquele país de grãos da nova variedade de soja transgênica da Monsanto, a Intacta RR2, que foi lançada comercialmente neste ano. Segundo Silveira, a restrição da China à nova cultivar irá provocar um prejuízo de R$ 500 milhões, valor correspondente às 500 mil sacas de sementes que estão disponíveis para plantio na próxima safra.
O presidente da Aprosoja calcula que os agricultores deixarão de ter uma renda adicional de R$ 150 milhões, que seria proporcionada pela maior produtividade da nova variedade de soja. Além da tolerância ao herbicida glifosato, que é uma característica da soja RR, a soja Intacta também apresenta proteção contra as principais lagartas que atacam as lavouras, o que contribui para reduzir os gastos com agrotóxicos.
Os produtores também vão pedir a intervenção da Casa Civil para reverter uma decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que proibiu o uso de quatro ingredientes ativos de agrotóxicos utilizados na pulverização aérea de lavouras. A Aprosoja estima que a proibição vá restringir o uso na pulverização aérea de 30 agrotóxicos utilizados no combate às principais pragas e doenças.
A restrição diz respeito apenas à pulverização aérea, pois as outras formas de aplicação dos produtos estão liberadas. Segundo a Aprosoja os produtores da Região Centro-Oeste, em especial Mato Grosso, são os principais interessados. Naquela região a aviação agrícola é utilizada para pulverizar as plantações, principalmente em anos chuvosos, quando o manejo com a utilização de tratores é mais difícil e aumenta o risco de perda por causa da infestação de pragas.
A Aprosoja deve aproveitar a reunião na Casa Civil para pedir a liberação de novos princípios ativos de agrotóxicos. Silveira relatou que quando a presidente Dilma Rousseff era chefe da Casa Civil foi criada uma comissão que iria acelerar a aprovação dos novos defensivos agrícolas, mas os trabalhos não avançaram. Os produtores reclamam da demora do Ibama e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aprovação das novas moléculas, que já são comercializadas em outros países.
Personally, I don’t understand why ornaigc farmers cannot sue Monsanto if their crops become contaminated by Monsanto genetically modified seeds. Shouldn’t the onus be on Monsanto to create buffer zones etc, so that their genetically modified products cannot leave their property line. I agree that Monsanto has no right to sue ornaigc farmers, but neither do they have the right to pollute the environment with their genetically engineered nightmares.stephen