R7, 24/12/2013
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR/DF) aconselhou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que termine, em até seis meses, a reanálise de toxicologia do herbicida sal ou éster amina do ácido 2,4 diclorofenoxiacético (2,4-D), usado contra ervas daninhas de folha larga. A PR/DF indicou também à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que protele, pelo mesmo tempo, qualquer resolução a respeito da autorização para o comércio de grãos geneticamente modificados de milho e soja que resistem ao defensivo agrícola.
As recomendações foram enviadas na quinta-feira, 19. Apurações em andamento na Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram a presença de incertezas científicas a respeito dos resultados prejudiciais da substância na natureza e no corpo humano. Pesquisas e estudos recentes, por exemplo, estabelecem uma correspondência potencial da utilização do defensivo a mudanças na genética, formação anômala do embrião, contaminação do leite materno, alterações dos hormônios e tumores malignos, entre outras doenças.
A exigência de reexame do registro do 2,4-D no País foi admitida pela própria Anvisa, em 2006, em encontro com funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério da Agricultura, Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindiveg) e PGR.
AE